TRANSLATE FOR ALL LANGUAGES

BOM DIA

SEJAM BEM VINDOS AOS BLOGS DOS

INTERNAUTAS MISSIONÁRIOS

CATEQUESE PELA INTERNET

Fiéis à Doutrina da Igreja Católica, porque somos católicos.

Respeitamos todas as religiões. Cristãs e não cristãs.

MANDE ESTE BLOG PARA SEUS AMIGOS. ELES TAMBÉM PRECISAM SER SALVOS.

visite o outro blog de liturgia diária

++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

..........................................

HOMILIAS PARA O

PRÓXIMO DOMINGO


VEJA AQUI AS LEITURAS DE HOJE





sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

Comentários–Prof. Fernando


Comentários–Prof. Fernando    01de janeiro=1ºdomingo de 2012Maria, Mãe de Deus http://homiliadominical.blogspot.com/    http://liturgiadiariacomentada.blogspot.com/

1ª leit.: Nm 6,22-27 O Senhor te abençoe e te guarde! O Senhor faça brilhar sobre ti a sua face, e se compadeça de ti! O Senhor volte para ti o seu rosto e te dê a paz!
Salmo: Sl 67 Que sua face resplandeça sobre nós! Que na terra se conheça o seu caminho.
2ª leit.: Gl 4,4-7 Deus enviou o seu Filho, nascido de uma mulher - porque sois filhos, Deus enviou aos nossos corações o Espírito do seu Filho que clama: Abá — ó Pai!
Evang.: Lc 2,16-21 os pastores foram às pressas a Belém, encontraram Maria e José e o recém-nascido. Maria guardava todos esses fatos e meditava sobre eles em seu coração.
Os pastores voltaram, glorificando e louvando a Deus


            Como já meditamos no início das quatro semanas de preparação para o Natal (período do advento), enquanto por toda parte se fala em “fim de ano”, o Ano Litúrgico nos apresenta os temas do começo, princípio, nascimento, renovação ou despertar para uma etapa nova da história. De qualquer modo as festas da passagem de ano reiteram um rito de todas as civilizações como retomada da vida, esperança de uma era de paz e prosperidade. O rito do batismo também usa o símbolo do mergulho nas águas para a purificação assim como o mergulho do Cristo na morte como passagem para ressuscitar ou retomar a vida que os inimigos queriam tirar. Ele fez essa passagem como recitamos no Credo: morreu sob Pilatos; sepultado, desceu até o fundo da terra dos mortos. Mas ressuscitou.
            No contexto litúrgico, ou das celebrações, continuamos no “tempo do Natal” que vai até a primeira semana de janeiro (festa da Epifania ou “dia de Reis”), quando os domingos passam a ser do chamado “tempo comum” até a Quaresma e Páscoa. Portanto ainda estamos no clima do Natal, dentro do mistério chamado “Encarnação”, isto é, Deus resolveu caminhar ao lado da criatura humana: nascendo e morrendo nesse mundo.
            Nossa cultura racional e tecnológica é marcada particularmente pela ciência. Carregamos a herança da Grécia antiga, berço da ciência e da arrumação das matemáticas e da astronomia emergente. Os gregos aplicaram conhecimentos de outras civilização de uma forma que separava a interpretação religiosa da “científica”. O mundo moderno adicionou a esses avanços a ênfase na experimentação e verificação das teorias.
            Com a multiplicação das máquinas inventadas, o mundo industrial acostumou o mundo a acreditar só no que vê, no que pode ser medido e que funciona. O que está fora desse domínio é tratado, ao lado das artes, como mundo da fantasia e da ficção. Há uma tendência de jogar tudo o que fica no terreno das religiões na fossa comum dos mitos, no sentido de histórias infantis e interpretações ingênuas da realidade. Daí o risco de jogar fora a criança com a água do banho...
            A experiência da fé nasce sem dúvida no acreditar na mensagem trazida por outros (Paulo dizia que a fé chega pelo “ouvir”). Mas ela não se reduz à mera opinião, como quem torce pelo seu time de futebol. É inevitável que a fé use “roupas” e adereços da religião, da língua materna e dos costumes. Como alguém que mergulhou num rio de roupa e tudo, a fé está toda molhada pela “Cultura” em que o ser humano foi educado, no lugar e na família onde cresceu. Mas a fé deve receber cuidados como a plantinha colocada dentro de casa, deve ser regada e tratada ao abrigo do excesso de calor ou vento e protegida nas tempestades.
            A festa do Natal vem mostrar as dobras delicadas do mistério humano. Nela aparece o rosto humano de Deus que não está “fora” do mundo nem além das estrelas. Há muitíssimas coisas não só, como dizia o poeta inglês “há mais coisas no céu e na terra”  do que podemos sonhar, mas que estão tanto além das estrelas como no fundo da terra e do oceano. Algumas só recentemente foram descobertas. Se as galáxias e a natureza terrestre contém enigmas para as ciências desvendarem, como não haveria mistérios além deles? As neurociências estão agora engatinhando no longo aprendizado da mente e do cérebro. Ciências da saúde e outras mal começaram a explicar as células do corpo e o tratamento para doenças.
            Mas, diante do Mistério não temos a mesma atitude que devemos ter com as coisas da natureza. É como estar diante do Mistério de uma criança (“delas é o Reino”, lembrou Jesus de Nazaré). A vida humana também nos pede reverência e respeito silencioso naquilo que nunca estará apenas sob o controle das ciências. O Mistério está na vida humana também no seu desenvolvimento histórico. Na história de cada um, de suas famílias. De suas origens e de seu futuro já que todos estamos mergulhados na grande História dos povos e das nações. Quantas pessoas conhecemos cuja vida é um Mistério para nós, em sua trajetória, em seu sofrimento, em suas realizações, frustrações e surpresas!

            No Natal contemplamos o mistério do Homem e o mistério de Deus juntos, por assim dizer “condensados” num só que é o próprio Menino que nasceu. É preciso continuar “meditando no coração” como Maria: então, 8 dias depois do Natal (chamada também: a “oitava de Natal”) é justo louvar a Deus pela vida daquela de quem o Menino de Belém nasceu, como se costuma cantar: Da cepa brotou um ramo, do ramo brotou a flor. Da flor nasceu Maria. De Maria o Salvador.          Desde a primeira reunião ampla de comunidades (“concílio”) em Nicéia no ano 325 d.C., longas foram os debates em torno de uma linguagem que ajudasse a falar do mistério de Jesus Cristo. Aí nasceram ou evoluíram conceitos como os de “Pessoa” (tão importante para os Direitos Humanos 1500 anos depois), e os conceitos de “natureza” (humana, divina). para discussões teológicas que resultaram nas declarações sobre o conceito de Pessoa, natureza, humanidade e divindade de Jesus Cristo e outras questões.
            Em 431 d.C. outro concílio (na cidade de Éfeso) declara vários “dogmas” ou conclusões da igreja reunida. Entre eles, diz-se de Maria que era “Theotókos” – termo grego cujo significado, ao pé da letra, é: “a que deu à luz Deus”, a “portadora de Deus”, “a geradora de Deus”. A expressão foi simplificada na tradução de “mãe de Deus”.
            Esse o título dado à mãe de Jesus. Nessa expressão nossa linguagem humana encontrou um modo de resumir o Mistério de seu filho Jesus.

oooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooooo
FernandoSM foi prof.(1975a2011) da Usu (Rio de Janeiro,1938-2011) fesomor2@gmail.com