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terça-feira, 20 de março de 2012

Comentários-Prof.Fernando


Comentários-Prof.Fernando(*) -5º dom.QUARESMA25mar2012 – os Seguidores
RESUMO DAS LEITURAS (2ª e do evangelho):
2ª leit.: Hb 5,7-9 Cristo nos dias de sua vida dirigiu preces e súplicas com forte clamor e lágrimas. Mesmo sendo Filho aprendeu o que significa a obediência a Deus por aquilo que ele sofreu.
Evang.:Jo 12,20-33 “Senhor, gostaríamos de ver Jesus”. Filipe falou com André e os dois foram a Jesus que respondeu: Se alguém me quer seguir siga-me e onde eu estou estará também. Agora sinto-me angustiado; que direi? ‘Pai, livra-me desta hora?’ Mas foi precisamente para esta hora que eu vim

Todo mundo é são Tomé ... quer ver com os próprios olhos...
·         Algumas revistas ao menos 2 vezes por ano trazem artigo de capa sobre Jesus, pode conferir nas bancas. Parece curiosidade constante, extrapolando da religião para as bancas de revista. Também entre cristãos existem devoções ligadas ao “ver” Jesus. Para serem vistos que foram inventados símbolos (o “peixe”, como logotipo dos primeiros cristãos – o termo grego era um trocadilho com outro: “Cristo”); pinturas no teto dos templos ou imagens de personagens bíblicos, de mártires e de gente venerada como “santos” e “patronos”.
·         É a nossa natural tendência para buscar a e-vidência (=logo se vê ou salta aos olhos). Alguns procuram “provas” arqueológicas da bíblia podendo chegar ao “fundamentalismo” (interpretação do texto ao pé da letra). Ora, a Palavra de Deus não vem “provar” nada. Não é livro de ciências nem de instruções nem livro de receitas. A Palavra é uma luz (será que preferimos as trevas?). Na continuação do texto (verso 36) o Mestre nos adverte: Enquanto tendes a luz, crede na luz, e assim vos tornareis filhos da luz.
Tipos de “Seguimento”
·         Como fã ? João conta que Felipe e André fazem o papel de intercessores já que eram amigos e seguidores (não eram “fãs”) do Mestre. É o próprio Jesus quem responde: a semente vai morrer, mas dela brotará uma vida nova. No centro da comparação do semente não está a morte, mas a vida que se multiplica (cem por um, diz outra parábola). E o tema do Seguimento nos evangelhos indica o caminho para a vida já que o discípulo caminha com o Mestre para a ressurreição. “Seguir” no sentido do Evangelho não é virar fã, como aquele que espera seu “ídolo” aparecer na janela do hotel, colecionando discos e fotos, seguindo a vida de famosos (jogadores de futebol ou cantores ou artistas ou líderes políticos, ou grande oradores de comícios (ou pregadores).
·         Ir atrás, manifestar, aplaudir?..Também há práticas religiosas e devocionais, conforme os costumes e as culturas e lugares, que se expressam por concentrações públicas e procissões ou celebrações de massa em grandes santuários e estádios – também televisionadas de modo a que milhões possam “ver” a reunião dos que seguem Cristo. Algumas confissões evangélicas organizam marchas para Jesus, às vezes para competir com a tradição do dia de Corpus Christi. Podemos aclamar o nome de Deus ou de seus amigos (aqueles homens e mulheres que a piedade cristã sempre venerou: os mártires e outros “Homens de Deus”). Podemos saudar os líderes como fazem os peregrinos em Roma na praça de São Pedro ou na visita do Dalai Lama. Podemos Podemos ter entre os dedos contas do terço (quase todas as religiões têm seus rosários, como, por exemplo, os muçulmanos que desfiam as contas do Tasbih, com invocações a Deus).
·         Entretanto, não podemos segurar Deus em nossas mãos. Não podemos agarrá-lo, usando-o como ferramenta, mesmo para fazer o bem ou produzir graças e milagres. O que é decisivo para “ver Jesus”? “Se alguém quer vir após mim, renegue-se a si mesmo, tome cada dia a sua cruz e siga-me” (Lucas 9,23 e, no verso 26 do texto de hoje). Onde está o núcleo da comparação? O tema aqui não é a “cruz”, mas o “seguimento” do discípulo. Não seria novo um ensinamento que todo mundo já sabe: todos carregam sobre os ombros seu dia a dia: suor, trabalhos, dificuldades, a “luta diária” como diz o povo. O que é novo aqui é: “renegue-se” para poder seguir, esclarecendo, com R. Cantalamessa, que ele não nos pede renegar o que somos, mas o que nos tornamos (feitos à imagem de Deus = somos algo de muito bom; distantes dele, nos tornamos maus). A conversão da Quaresma é colocar em lugar do nosso eu (pesado de egoísmo) a leveza do ressuscitado. Ele está “à direita do Pai” e é Centro do cosmo, de toda a criação e da história humana (cartas de são Paulo).
“Seguir” = a obediência da fé
·         Não somos a luz, mas dela precisamos, para descobrir o “centro” (chamamos, em geral sem entender, de “vontade de Deus”). Essa “vontade” não é um decreto do ditador. Não é um “destino” marcado bastando descobrir seu “mapa” e segui-lo. Mas é um roteiro que nós mesmos traçamos a cada dia. Não se pode descobrir essa “Vontade” pelo oráculo ditado por um vidente, mas sim bem no meio de nossas escolhas de cada dia.
·         Obedecer, no vocabulário bíblico, é colocar-se na escuta atenta para distinguir a voz de Deus. Uma percepção que se aprende. Na leitura de hoje (Hebreus) se diz: até o Cristo “embora fosse Filho de Deus, aprendeu a obediência por meio dos sofrimentos que teve. (verso 8). E o verso anterior: “nos dias de sua vida mortal, dirigiu preces e súplicas, entre clamores e lágrimas, a quem o podia salvar da morte, e foi atendido pela sua piedade. Nós também, na oração e procurando o Bem podemos aprender essa “obediência”: atenção especial, ouvido atento, para discernir a escolha do Bem nos “sofrimentos” de cada dia.
·         A “cruz” não significa necessariamente passar por sofrimentos heróicos e extraordinários. É “negar-se a si mesmo”, renunciar àquilo que nos tornamos, retornar ao Bem. E nos tornamos geralmente des-animados (desalmados) porque nos tornamos des-crentes ou des-providos de confiança (fé) na presença silenciosa do Pai. Renunciar a nós mesmos é, superar nossa fraca confiança (fé) para Crer (sem ver). Crer é acreditar que ele continua ao nosso lado (do nosso lado). Todos os dias.
·         Habituados, desde crianças, a ver a cruz por toda a parte, não aprendemos a olhar o rosto do Crucificado com fé e com amor. O nosso olhar distraído não é capaz de nele descobrir a luz que poderia iluminar a nossa vida nos momentos mais duros e difíceis. Nesses braços estendidos que já não podem abraçar as crianças, e nessas mãos cravadas que não podem acariciar os leprosos nem bendizer os doentes, está Deus com os seus braços abertos para acolher, abraçar e sustentar as nossas pobres vidas, quebradas por tantos sofrimentos (J.Pagola, coment. 4ºdom. Quaresma).
·         Quaresma não é tempo para “ver”, embora os canais de TV insistam em passar qualquer filme com personagens bíblicos; embora vias-sacras e tradições nos ajudem a “visualizar” a Paixão de Cristo. É Quaresma, tempo de recuperar nosso Crer. De procurar um Olhar diferente, diante do crucifixo lembrando os que hoje são crucificados, pela fome e pelas guerras, pelo desemprego e pela violência urbana e doméstica, pela corrupção política e pela falta de saúde pública.
·         Quaresma: tempo de retornar ao que somos reparando aquilo em que nos tornamos maus.

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(*) Professor (filosofia/pedagogia/teologia) mestre (educação/teologia/teol.moral) fesomor2@gmail.com = administração universitária e consultoria

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