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quarta-feira, 2 de maio de 2012

Comentários-Prof.Fernando


Comentários-Prof.Fernando(*) 5°dom.PÁSCOA 06maio2012 (quem sai aos seus... tem Fé)
Jo 15,1-8: Permanecei em mim e eu permanecerei em vós - o ramo não pode dar fruto se não permanecer na videira assim: se vós não permanecerdes em mim - quem permanece em mim e eu nele, produz muito fruto – quem não permanecer será cortado e secará - se permanecerdes em mim e minhas palavras permanecerem em vós...

Quem sai aos seus não degenera, diz o provérbio popular. Porque um mesmo sangue corre em suas veias. A mesma seiva da planta corre no tronco e nos ramos. Nem é preciso fazer um teste de DNA.
·         A imagem da videira e dos ramos fala dessa íntima união e comunhão numa só vida. O testemunho de mulheres e homens “místicos” é contado em seus escritos onde falam do inefável mundo divino que, no entanto, chegam a “experimentar”, ver e sentir...
·         Esse é um velho sonho do ser humano desde os tempos mais antigos. A imagem da Torre de Babel também o expressa: o desejo de tocar o Céu, de “subir” até o mundo divino.

Duas relações humanas : Tempo e Eternidade
·         Um mesmo impulso, oriundo das raízes da alma, faz o Homem experimentar duas relações inevitáveis. De um lado, ele se pergunta sobre o que (ou como) fazer para ver a Deus (invisível) com quem deseja conviver. É a dimensão de Eternidade que, no entanto em muitas culturas levou produzir esculturas representando os deuses. De outro lado o Homem vive no Tempo, aquele que flui entre o nascimento e a morte. Por causa do Tempo ele também procura respostas para conviver bem com os semelhantes.
·         Como resposta ao primeiro questionamento inventou-se o culto. Para o segundo (âmbito das relações interpessoais, de famílias, clãs e tribos, seja em vilas pequenas ou grandes cidades) inventou-se a lei e o direito. A primeira questão está na base da religião e move as pessoas em busca da Fé. A segunda gera a economia, suas  técnicas e tecnologias em vista da produção e do consumo dos alimentos e bens, com apoio nas ideologias que explicam a organização da sociedade e o sistema de poder político. Mas essas duas dimensões estão entrelaçadas a ponto de se constituírem seja teocracias (=sociedades organizadas pelo controle religioso), seja – modernamente – sociedades secularizadas (em que não se dá importância à religiosidade).

Visão bíblica: 2 dimensões e 2 tipos básicos
·         A originalidade bíblica da tradição judaico-cristã, consiste na conjugação e conexão entre as duas dimensões. Ou seja: não é possível cultuar a Deus, nem dirigir-se a ele (em relação filial ou de oração) se também não se cultiva a compaixão (em relação fraternal pela qual uns cuidam dos outros).
·         Para cada dimensão encontramos um tipo básico. Cada qual sinaliza uma dimensão mais do que a outra, embora seja inevitável a conjugação e conexão de ambas. Existem funções e grupos dedicados àquela utopia de poder ver a face de Deus. Eles se expressam sob sinais do celibato (para dedicar-se à oração mística ou à pregação) e da organização de comunidades que, em geral, vivem mosteiros onde se trabalha para a sobrevivência do grupo. São símbolos da cidade Celeste. Outros grupos se dedicam prioritariamente à utopia da paz na terra, em funções que se expressam no sexo (e na criação de filhos) e na organização econômica e política da Cidade terrestre (seja no grupo familiar seja em instituições maiores até chegar ao povo ou nação).
·         Mas os primeiros, ainda que enfatizando a Eternidade, não dispensam a convivência comunitária e a ação caritativa. E o segundo tipo, mesmo enfatizando a vida no Tempo presente, também não deixa de praticar as formas simbólicas da religião, especialmente as que acompanham o curso da existência do nascimento à morte, por meio de ritos e celebrações (batizados, casamentos, funerais, e outros)

A Fé como relacionamento pessoal
·         Todas os tipos e formas de vida, entretanto, podem reduzir-se apenas a comportamentos e costumes (estudados pelas ciências, sobretudo sociologia e antropologia) pois fazem parte da Cultura, ao lado das línguas, das artes ou da culinária. Embora aí atuem Crenças e Religiões, nelas pode não haver a Fé. A Fé não se reduz a crenças ou doutrinas, nem a mitos e interpretações.
·         A Fé é uma relação que permeia todas as outras relações, os modos de viver e as várias dimensões da vida, como a seiva corre em todas as áreas da planta. No texto de João 15,1-8, o verbo permanecer aparece 8 vezes. Sua tradução não se restringe ao que está no dicionário: “continuar sendo, ficar junto de, morar com, passar o tempo com, deixar-se ficar num lugar por algum tempo”. Na linguagem bíblica “permanecer” exprime a união entre Deus e aquele que tem fé e observa seus mandamentos.
·         A Fé é um dom que recebemos. Por isso se define agnósticos como pessoas às quais não foi concedido o dom de poder crer (cf. comentário ao 3° dom.da Páscoa). A Fé não se confunde com ideias nem com teorias, doutrinas ou ensinamentos. A Fé é a atitude de confiança e se volta para Deus numa relação pessoal. Muitas vezes, infelizmente, a educação da catequese se reduz ao catecismo com suas frases e doutrinas para decorar sem que se aprenda a orar e conversar com Deus. É claro que os estágios de oração mais “altos” (a contemplação de Deus) também são dons concedidos a alguns mas não a todos. É um dom que têm as mulheres e homens que apelidamos de místicos, capazes de verdadeiras revelações, “visões intelectuais” e estados de intensa emoção. Mas esse é um caminho que não se pode “exercitar” mas apenas preparar com humildade, como atestam os próprios místicos em seus escritos. Por exemplo, Teresa d’Ávila (1515-1582) conta em sua autobiografia “como o Senhor começou a despertar sua alma e dar-lhe a luz em trevas tão grandes” (Livro da Vida, cap.9) quando já ela já tinha passado por cerca de 25 anos de constante “luta de discórdia entre conversar com Deus e com a sociedade do mundo” (cf. J.M.Cohen na Introd. in Livro da Vida, S.P., Penguin - Cia.das Letras, 2010)
·         Só pela Fé podemos recitar o Credo dizendo “creio”. Pela Fé podemos entender que um mesmo parentesco nos une em humanidade. E que todo homem tem a mesma seiva de raiz divina, dessa fonte de vida que chamamos de Criador, ou Deus, ou Pai, ou com muitos outros nomes. Mas só permanecendo na videira podemos continuar vivos e compreender – em qualquer tipo de vida, profissão e atividade, o cap.25 de Mateus: quando fizestes isso / deixastes de fazer a um destes pequeninos foi a mim que o fizestes/ deixastes de fazer...
·         Permanecer ... Não é resultado de um esforço mas é uma súplica na oração. Não podemos controlar as experiências místicas de união com Deus, mas podemos aceitar a inspiração do Espírto que nos leva ao acolhimento dos pequeninos.

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(*) Prof.filos./pedag./teol. (USU) mestre (educação/ teologia/ t.moral) fesomor2@gmail.com :administração univers./ consultoria

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