segunda-feira, 14 de maio de 2012
Comentários-Prof.Fernando
Comentários-Prof.Fernando(*) ASCENSÃO 20maio2012 glória nas
alturas e paz na terra
RESUMOS 1ª leit.: At 1,1-11 por que
ficais aqui, parados, olhando para o céu? 2ª leit.: Ef 1,17-23 manifestou
sua força em Cristo, quando o ressuscitou dos mortos e o fez sentar-se à sua
direita nos céus, bem acima de toda a autoridade, poder, potência, soberania ou
qualquer título. Evang.: Mc 16,15-20 Ide pelo mundo inteiro e anunciai o Evangelho a toda criatura! Quem
crer e for batizado será salvo. Quem não crer será condenado - sinais
acompanharão aqueles que crerem: expulsarão demônios em meu nome, falarão novas
línguas; se pegarem em serpentes ou
beberem veneno mortal não lhes fará mal; imporão as mãos sobre os doentes que ficarão
curados
SUBIR AO
ESPAÇO para PISAR NA LUA?
·
O
primeiro homem que subiu ao espaço tinha a Terra a seus pés. Foi um astronauta
da antiga União Soviética.
O primeiro a ter a Lua sob os pés foi um americano. Mas o primeiro a ter sob
seus pés todo o universo foi Jesus de Nazaré.
·
A linguagem
da época (quando tudo o que se sabia sobre o mundo levava a dividi-lo em duas
metades: um céu em cima, uma terra embaixo) mostra a glorificação de
Jesus como uma “subida” (ascensão) aos céus. É a Páscoa “completa” como dizemos no
Credo: ressuscitou dos mortos e subiu aos céus onde está a direita do Pai. Ascensão
marca o encerramento do ciclo de encontros do ressuscitado com seus discípulos.
Começo de um novo ciclo em que a ação do Cristo não é mais visível, a não ser
pelos sinais que acompanham a ação dos discípulos.
·
A primeira afirmação hoje é: Jesus
de Nazaré, que está vivo, tornou-se o Senhor único de todo o universo (mais do
que se ater ao movimento para cima afirma-se principalmente
que ele está acima de todo tipo de
poder (ver leitura de Efésios). Crer
é aceitá-lo como o único, o que, entre outras fórmulas, se expressa pelo lugar
que ocupa à direita do Pai. Mas a Ascensão
não deve ser reduzida à nossa (inevitável) imaginação, como aparece em inúmeras
pinturas, onde se identifica o céu (= espaço cósmico) com a a “morada” divina à
qual se contrapõe (ainda no figura espacial) nossa casa-planeta Terra, Na
realidade o grande contraste subjacente é entre Tempo e Eternidade, entre viver
na Fé ou nos reduzir a elementos “cósmicos” do mundo.
·
A segunda afirmação está em Atos: não é hora de ficar olhando para “o alto” embora seja atitude compreensível,
pela saudade e pelo sentido de orfandade dos discípulos pois o Mestre deixa de
ser visível na convivência com eles. É como nossa dificuldade de aceitar a
ausência de pessoas queridas, sobretudo quando afastadas pela morte. “Ascensão”,
é bom repetir, só se entende no contexto da Ressurreição. Como a palavra que os
discípulos ouviram, também a nós deve consolar a Esperança do seu retorno. Retomar
a vida entregue pelos seus será também garantia do reencontro com as pessoas
que gostaríamos de rever.
·
Terceira afirmação: é tempo
de olhar para a terra, para a frente, para o aqui e agora, em nosso lugar e
nosso tempo. “Ide e anunciai a Boa Notícia” (da salvação, do perdão, da
superação de toda distorção ou desvio provocados pelo Pecado). A missão que nos
foi entregue é a de dar testemunho do nosso “crer”, em qualquer lugar do mundo
e da história.
ANÚNCIO E
COMUNICAÇÃO
Se cremos (confiamos aceitando com alegria a Boa
Notícia), significa que soubemos dessa notícia por outros. A mensagem foi
passada de geração em geração desde os primeiros comunicadores: os discípulos dos
primeiros grupos ou comunidades. Assim como nós, outros poderão saber que não
há mais oposição ou distinção entre judeu e grego [termos que talvez fosse substituídos hoje
por: “os que têm fé (não só humana que
é confiar em outras pessoas, mas também reconhecem a presença de Deus) e os que praticam a justiça mas não crêem”.
Depois de criticar a distinção (judeusXgregos) Paulo continua no verso 13: todo aquele que invocar o nome do Senhor
será salvo. Com efeito:
·
Todos
podem invocar (recorrer, apelar, dirigir-se com confiança e amor) a Deus. Mas,
continua o texto: Como poderão recorrer
àquele em quem não confiam? E como vão confiar naquele de quem não ouviram
falar? E como vão ouvir falar se não houver quem anuncie? E como anunciarão [a
Boa Nova] se não forem mandados em missão?
·
O
problema da comunicação (testemunhar: missão dada a todos os que crêem) é que a aceitação de Deus ou a sua recusa
se jogam muito no modo como nos sentimos diante de Deus. Se o percebemos só como vigia
implacável de nossa conduta, faremos qualquer coisa para escapar. Se o
experimentamos como pai que dá impulso à nossa vida, o buscaremos com alegria. Quem
o anuncia ao homem contemporâneo pode ajudá-lo
a passar do medo ao amor a Deus. Uma coisa é o “Temor de Deus”, no sentido
bíblico, que o considera sadio e fecundo) (...) evitando que nos fechemos em nossa própria mediocridade. (...) e desperta
o homem da superficialidade e o faz voltar-se para Deus. Porém, há um medo de
Deus que é mau (...). Não aproxima de Deus. Ao contrário, distancia cada vez
mais dele. É um medo que deforma o verdadeiro ser de Deus fazendo-o desumano. (textos
citados: cf. J.A.Pagola Homilias, maio 2003).
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(*) Prof. (USU-Rio) mestre
(educação/ teologia/ t.moral. Administração universitária e consultoria: fesomor2@gmail.com
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