segunda-feira, 11 de junho de 2012
Comentários-Prof.Fernando
3ºDomingo pós-Pentecostes (11ºComum) 17 junho2012 – IMPERCEPTÍVEL
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RESUMOS Ez 17,22-24 arrancarei um broto e o plantarei no alto monte e a árvore
produzirá folhagem e frutos, nela pousarão os pássaros, as aves farão ninhos. 2Cor 5,6-10 somos peregrinos caminhando na fé, não na visão clara, mas cheios
de confiança Mc 4,26-34 O Reino é como quando alguém que
semeia, dorme e acorda e a semente vai crescendo dia e noite. E ele não sabe
como isso acontece.
O
crescimento imperceptível não depende de nós
·
A comparação (Ezequiel no tempo do exílio - 597-536 a.C.) serviu de consolação para os desterrados em
Babilônia. A libertação ia chegar e de fato ocorreu quando os persas tomaram
posse do império babilônico e o rei Ciro permitiu a volta dos exilados.
·
Nas parábolas há um núcleo central (mensagem).
Hoje são duas sobre o Reino: é como a semente, é como a mostarda. Numa, o
centro está no crescimento silencioso e quase invisível que não depende da
vontade do lavrador. Na outra repete-se a idéia do crescimento secreto, mas era
uma planta da horta usada na culinária e havia outra espécie, selvagem, que se
espalhava como tiririca. Mesmo se a parábola se referia a essa mostarda “brava”
o contexto permite ver o centro da comparação no próprio fato de ser como a
erva daninha que invade o terreno. Nesse caso, Jesus sugeria que o Reino se
espalha, mesmo contra a opinião dos que não gostam ou não acreditam no seu
anúncio.
·
O Mestre sempre corrigiu as falsas expectativas
existentes então, sobre a vinda do Messias e seu “Reino”. Os “Fariseus” achavam que podiam apressar sua vinda com
jejuns, penitências e estrita observância de centenas de preceitos e tradições.
Os “Zelotes” queriam implantar o Reino por uma resistência armada contra a
ocupação romana. E os “Apocalípticos” queriam prever por cálculos cabalísticos
até o dia e a hora da gloriosa manifestação do Messias. Jesus, porém, diz que o
“Reino” é dom de Deus, não o fruto de esforços humanos. Iniciativa e livre amor
de Deus, tudo é Graça.
O anúncio hoje
·
É praticamente impossível que os atuais discípulos
superem a tendência (é preciso, claro, corrigir a distorção) a um certo
“triunfalismo”. As igrejas cristãs (diversas tradições, divididas em Confissões
e até algumas em aberta concorrência para disputar seus fiéis), assim como as
religiões em geral, ou as comunidades locais de cada igreja ou grupo religioso,
todos, enfim, tendem a comportar-se
como possuidores da verdade. Habitualmente essa imagem de si leva ao desprezo
dos demais.
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Os grupos “triunfalistas” se preocupam mais com
aspectos quantitativos e com o aplauso das massas. Preocupação vista na organização,
nas liturgias e nas instituições e projetos (que levam o nome de “pastorais”...).
Deveriam dar mais atenção à consonância entre a Palavra e a vida. No
cristianismo, ao confronto da vida com o Evangelho, pois a Igreja não deve anunciar a si mesma, mas quem traz a Boa Noticia aos pobres para curar os corações quebrados, sarar os
contritos de coração, anunciar aos cativos o resgate e aos cegos a restituição
da vista e levar aos esmagados a
liberdade. E proclamar um tempo favorável (cf. Lucas4 e Isaías 61).
·
Início do cap.4 em Marcos: Jesus
pôs-se novamente a ensinar à beira do mar. Aglomerou-se junto dele tão grande
multidão que ele teve de entrar numa barca no mar e a multidão ficou em terra
na praia. Ensinava-lhes muitas coisas em parábolas. Nos versos 33-34
do texto hoje lido: por meio dessas
parábolas numerosas anunciava-lhes a palavra na medida em que eram capazes de compreender. E sem parábolas não falava a eles. Em particular, porém, aos próprios discípulos explicava tudo.
·
A palavra é dirigida a todos. Todo ser humano pode escutar
a voz de Deus e compreendê-la, na sua medida pessoal e no seu contexto de vida.
Todos escutam as parábolas (da vida, na história, na natureza). Também as da
bíblia, se vier a conhecê-la. Aquele que crê deve sempre iniciar qualquer
oração com um agradecimento. Porque recebeu a fé transmitida por muitas
gerações desde os apóstolos. O discípulo
tem privilégio de escutar, do próprio Mestre, a explicação das parábolas. O
mesmo privilégio existe em comunidade litúrgica e na oração em comum (onde 2 ou 3 estão reunidos em meu nome –
Mateus 18,20).
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(*) Prof. (USU-Rio) mestre (educação/ teologia/
t.moral). Administração universitária e consultoria: fesomor2@gmail.com
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